A guerra da direita contra Lula
Não há
mais dissimulação: a direita, unida, faz tudo o que pode, usa tudo o que tem,
para derrotar Lula, para impedir que ele volte a ser presidente.
Não
importa que digam, aqui e lá fora, que se trata de um sistema político de
exceção, que chegou ao governo pela deposição de uma presidente honesta, sem
razões constitucionais para isso, para instalar o governo mais corrupto da
historia do país. Não importa nada.
Não
importa que digam que não se pode condenar e excluir Lula sem provas, sem
crime. Não importa que digam que se houver eleições sem Lula, será uma farsa.
Não importa que digam que não haverá democracia no Brasil.
Não
importa que o Temer vá a Davos e não consiga nada, porque ninguém vai investir
num governo sem nenhum apoio, nem credibilidade. Num pais em que ele não pode
jurar que vão seguir no governo daqui a alguns meses.
Não
importa que estejam destruindo o país: da sua infraestrutura ao patrimônio
público, da capacidade de pesquisa à força de trabalho, das políticas sociais
ao prestígio internacional do Brasil.
Não
importa que o governo e o parlamento sejam os mais avacalhados que o país já
teve. Não importa que a mídia tenha se desmascarado definitivamente como
partido da direita.
Não
importa que pelo menos 50 milhões de pessoas sejam afetadas direta ou
indiretamente pelo desemprego. Não importa que as ruas e praças das nossas
cidades voltem a ser povoadas por gente pobre dormindo e morando ao relento.
Não importa que crianças saiam das escolas e voltem a vender caramelos nos
sinais de trânsitos.
Não
importa que as políticas sociais se retraiam e, paralelamente, a violência e o
trafico se expandam, elevando as mortes, a ação brutal das policias, as guerras
entre bandas, que recrutam jovens ociosos.
Não
importa destruir a educação pÚblica, tornar as condições de saúde da população
as mais catastróficas. Não importa que quem tentava comprar sua casa, a perca e
volte a viver na rua ou apinhado na casa de outros parentes.
Não
importa que o povo repudie o governo, rejeite o Temer e sua canalha, repudie a
perseguição a Lula. Não importa que o Judiciário passe a ser instrumento de
perseguição a Lula. Não importa se o Estado de Direito não exista mais no
Brasil.
O
que importa é que não volte a haver eleições minimamente livres, em que o povo
decida quem deve governar o Brasil.
O
que importa para a direita, para a elite, para os meios de comunicação, para os
grandes empresários, para a aristocracia do serviço publico, é que Lula não
ganhe as eleições, para o que é necessário que não possa concorrer.
O
que importa é que a economia não volte a se expandir, com políticas de inclusão
social. O que importa é que não volve a se expandir o Bolsa FamÍlia, o Minha Casa,
Minha Vida, o micro credito. O que importa e' que o salario mínimo não volte a
crescer acima da inflação. O que importa e' que os trabalhadores não voltem a
ter contratos de trabalho, que os empregos não voltem a crescer.
O
que importa é que os sindicatos não sigam organizando e representando aos
trabalhadores. O que importa é que a violência siga imperando no campo, sem
contrapesos. O que importa é que o direito elementar a uma moradia não seja
respeitado.
Para
isso, para que o Brasil siga como o país mais desigual do mundo, que volta ao
Mapa da Fome, que seja conhecido no mundo pela violência, é que se desata essa
guerra a Lula, essa perseguição a Lula, essa caça a Lula.
A
Lula, a seus familiares, a tudo o que tenha a ver com ele. Punir as dezenas de
milhões de brasileiros que o querem na presidência do Brasil.
Mas
a direita pode muito, mas não pode tudo. Senão, Lula não seria, de novo,
reconhecido pela grande maioria como o seu único e grande líder legitimo. A
violência, física e institucional, é uma vitória de Pirro. No seu bojo traz a
multiplicação da indignação de milhões e milhões de pessoas.
Porque
a guerra contra Lula tornou-se a guerra contra a democracia, a guerra o Brasil,
a guerra contra o povo brasileiro.





